quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Entre a cruz e a espada (Eduardus Poeta)
sempre me vejo assim
entre a cruz e a espada
caminhando e sempre encontrando
encruzilhadas
acho que essa é a maneira
que Deus encontrou
para falar comigo
me deu a vida
e sempre dois caminhos
me deu a espada
para abrir meu caminho
e me emprestou uma cruz
para que eu não me sentisse sozinho
sempre tenho que decidir
por que caminho seguir
tenho certeza
que essa foi a maneira
que Deus encontrou para testar
minha fé
me deu a cruz e a espada
e também dois caminhos
entre eles uma encruzilhada…
quarta-feira, 23 de julho de 2008
terça-feira, 22 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar, meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Adeus, adeus
Pescador não se esqueça de mim
Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem
Pra não ter tempo ruim
Vou fazer sua caminha macia
Perfumada com alecrim
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
O Mar que secou (Lusopoemas)
Rego o mar que secou, desobedeço ao destino... Não desmarco viagem, o que resta sobrou... Espelho do céu, nada conténs... Toda a vida de quem eras abrigo, órfãos... Somos só nós, barco encalhado... Levaram o azul de ti, fizeram-te cabana... Tuas velas, lençóis com que faço esta cama... Olhamos o horizonte, mareamos... Neste oceano, cujo fundo pisamos... Já nada flutua, não avisto ondas... Faltas tu, faltas... Cheiro a sal regressa a esta pele queimada de esperar... Marés arrastem-nos daqui, sufocamos neste sol...
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Pescaria
Cecilia Meireles
Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.
Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.
As mãos do mar vê e vão,
as mão do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Por isso chora, na areia
a espuma da maré cheia.
terça-feira, 15 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
Hoje o meu quintal amanheceu lilás
Da cor do amor fugaz, da cor da sedução
Hoje as flores se abriram e choveu pétalas no chão
Fizeram do meu canto a cor forte da emoção
Ainda é tempo de jambo.
sábado, 12 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Chegam notícias da guerra.
Disseram-me que as guerras
visitam as cidades.
Tenho medo.
A minha cidade é antiga.
As ruas têm pedras soltas
em que os velhos tropeçam.
Na torre da igreja maior
faltou o azeite.
As corujas partiram.
Os jardins estão pobres
(a chuva tem sido salgada).
Mas na cidade eu habito
e nela acolho os irmãos
e os filhos deles.
Na pequena praça
há o banco verde
com uma criança ao colo.
É uma cidade triste,
mas antes de o ser
já era a minha cidade.
terça-feira, 8 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
este é o tempo dos construtores de mitos
da delineação límpida e grega de todas as coisas
da solidão em ânforas mediterrânicas
transportadas pela sede das árvores do sul
e onde o sol modelou a porosidade do silêncio
toda a claridade é azul
e todos os templos projectam o infinito
proponho o homem sobre o gume dos estames
a exactidão inclinada de todos os mitos
sábado, 5 de julho de 2008
"Luz do abajur
dicionários
no quarto
minúsculo
sobre a mesa
um mapa da lua
tinta seca
de silêncios
gêmeos e frio
um prego de arame
na cabeça
borboletas se acenderam em mim
dálias
meus dedos
se moviam sobre as teclas
entretanto
sombras
antecipavam
cada
palavra.
borboletas se acendem em mim
dálias
meus dedos sobre as teclas
sombras
precipitando entretanto palavras"
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Sinto em mim tal vazio!
Este mar meu!... De ninguém!
Sinto tamanho arrepio.
Admiro além o mar!
Que me deixa sonhar,
E penetra em mim esse salgado
Mar morto além adormecido
Como além mar morto num fado!...
És meu fado eu te cantei
Entre ondas naveguei
Como as veias em mim são o meu mar
Tens um titúlo incompleto
Além mar morto, vou deslumbrar
Não sei tua largura ao certo!
Mas na longitude me dexas em ti entrar!...
quinta-feira, 3 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Que sombra nada, é uma pequena planta na floreira da janela, que em contra-luz e de muito próximo tomou proporções gigantescas. E voltamos na questão, que eu e muitos outros sempre defenderam: a fotografia é uma farsa. Pode-se escolher a lente, o ângulo, a profundidade de campo, a seleção de quem estará ou não na imagem, enfim uma quantidade enorme de elementos estão disponíveis para que o fotógrafo escolha como quer representar a cena que ocorre. É neste momento que que a fotografia se eleva de simplesmente técnica, para poder ser tratada como arte. Se existe um arbítrio independente da técnica, então podemos falar em linguagem, e ai cada um tem a sua, o seu método de explicar o mundo, de demonstrar seus sentimentos, de fazer as suas escolhas sobre o tema. E viva a representação da verdade !!!
terça-feira, 1 de julho de 2008
Das tuas mãos divinas de Poeta
Herdei a lira que não sei tanger;
Por eleição ou maldição secreta,
Tenho uma grade para me prender.
Cercam-me as cordas, de emoção,
Versos de ferro onde me dilacero inteiro.
Mas, do fundo da alma e da prisão,
Obrigado, meu Deus e carcereiro!