sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra/Natal-RN - 2.008

No fim da tarde, a areia já ficando deserta, os trabalhadores começam a desmontar os guarda-sóis. Mais um dia de trabalho, sol, mar areia e turistas está chegando ao fim.
Areia (MariaSouza poetisa Portuguesa)
A areia quente e macia
Acolhe o meu corpo
Que a profana,
Moldando-se a ele
Numa inebriante carícia
Que a mão humana
Não sabe fazer.
Levanto-me dela
Deixando-a gravada
Com a forma
Que a minha pele
Deleitada
Nela desenhou.
A maré vai subir
Mas não vai chegar
A esta gravura discreta
Para a apagar.
Tentei desenhar-me em ti
Sempre que te vi
Como fiz na areia.
Mas sei que uma onda
Mais atrevida
Me vai apagar
Quando a maré virar.
Porque deixas, meu amor,
Que apague a minha cor?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra/Morro do Careca - 2.008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra/Natal-2.007 - Ensaio



terça-feira, 28 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra/Natal - 2.007
E porque não usar um photoshop e alterar as côres? Em tempos de máquina digital e outros recursos tecnológicos, se render a estes ítens e dar uma nova abordagem para uma mesma imagem também é um recurso que acho que deva ser utilizado e que pode completar o processo de criação que se iniciou no momento de captura da imagem. Nesta imagem, quem é que deveria ser azul? A pessoa ou o mar?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra/Natal-2.007
Continuando a discussão - entram mais fotos, semelhantes em enquandramento, mas uma PB e outra côr. Em côr o bronze da pele chama a atenção junto com a guarda sol azul que se disfarça de mar. Na PB, a textura do chapéu ganha mais destaque, junto com a forma do cabelo; ainda assim, um brilho de sol no ombro dá indícios do bronze da pele, mais sútil que na foto em côr.

domingo, 26 de outubro de 2008

SOL E MAR

Ponta Negra - Natal/2.007 - Vou voltar naquela conversa do Preto e Branco x Côr; e também colocar alguns retratos, coisa que não costumo fazer com frequência, pois acho extremamente difícil se retratar a figura humana de perto, mas enfim arrisquei algumas imagens. Quanto ao fato de usar cor ou não, deixo a quem vir as imagens, o julgamento e a decisão do que é melhor. Este consenso ainda não existe, depende muito do momento e do contexto em que vemos as imagens, se o objetivo são as formas, os detalhes, a luz, o contraste.... Vejam ai e tirem suas conclusões.

sábado, 25 de outubro de 2008

Hungria

DIZEM (Atilla Jozséf - Poeta Húngaro)

Quando nasci tinha uma faca na mão.
Dizem: é poesia.
Mas peguei na pena, melhor ainda que a faca.
Nasci para ser homem.
Alguém soluça uma felicidade apaixonada.
Dizem: é amor.
Chama-se ao teu seio, simplicidade das lágrimas!
Só contigo eu brinco.
Não recordo nada e também nada esqueço.
Dizem: como é possível?
O que deixo cair mantém-se sobre a terra.
Se o não encontro, tu o encontrarás.
A terra me aprisiona, o mar me dilacera.
Dizem: um dia morrerás.
Mas dizem-se tantas coisas a um homem
que nem sequer respondo.
Budapeste/2.002


Parte interna de um predio residencial, provavelmente atingido pelas rajadas de metralhadoras. Em 1.944 Budapeste foi cercada pelo exército soviético.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Budapeste/2.002
Ponte Széchenyi, sobre o Rio Danúbio, vista a partir do Castelo Real.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VENTOS DO LESTE

Budapeste/2.002


Ah,....... pelas agradaveis alamedas se caminha tranquilamente entre árvores e flores; esta a Andrassy, com seus 2.500 mts., conhecida como os Campos Elísios de Budapeste conecta o centro da cidade ao memorial da Praça dos Heróis.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Budapeste/2.002

A sinagoga de Budapeste é a maior e mais monumental da Europa, conseguindo abrigar mais de três mil pessoas, e não só judeus hungaros, mas de todo o Mundo se reunem regularmente. A sinagoga constitui um marco histórico e monumental em Budapeste. Tem nove naves abobadadas decoradas com tijolos coloridos, azulejos e arabescos muito interessantes, e duas torres brilhantes, com cúpulas negras e douradas, que a tornam num edifício único no seu estilo.
O Hotel Gellért tem recebido desde a sua abertura em 1918, hóspedes dos quatros cantos do mundo. O edifício em estilo Art Noveau está localizado na margem 'Buda' do Danúbio, rodeado pelos jardins do monte Gellért, em frente da famosa ponte da Liberdade (Szabadság) e a poucos minutos de todos os pontos de turísticos do centro da cidade. Este hotel é ainda conhecido pelo seu Spa que proporciona todo o tipo de tratamentos termais nas suas múltiplas piscinas interiores e exteriores, um hábito herdado dos romanos
que por aqui passaram.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Budapeste/2.002 - Café da Estação Central e Mercado Municipal.
Budapeste despertou dos anos em que permaneceu encoberta pela Cortina de Ferro, no antigo bloco comunista, até 1989. Hoje, age de foma dinâmica e sedutora. A capital húngara que um dia já foi duas (Buda e Peste) possui bares em prédios abandonados, que agradam todos os estiulos. Nas proximidades de Váci Utca, a artéria comercial da cidade, você vai descobrir cantinhos escondidos e galerias de lojas. No final fica o Mercado Municipal, onde pode se encontrar todas as iguarias Hungaras, em especial uma boa garrafa de Tokaj.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

VENTOS DO LESTE

domingo, 19 de outubro de 2008

VENTOS DO LESTE

Budapeste/2.002

sábado, 18 de outubro de 2008

VENTOS DO LESTE

Andar pelas ruas e praças de Budapeste é algo muito agradável, seja como um turista ou para a população local, que caminha tranquilamente, levando seu cão ao passeio e na calma ainda para para ler os informes do quartel. Os prédios históricos se fazem presentes como a paisagem dominante da cidade, povoando por todos os lados, em forma de repartições públicas, escolas, museus, lojas e residências; mantendo quase congelado um orgulhoso do passado.














PEQUENO ALMOÇO OUTONAL
(DESZO KOSZTOLANYI (1885 - 1936 poeta Hungaro)

Eis o que trouxe o Outono.
Frutas frescas na travessa de vidro.
Uva pesada de cor verde esmeralda,
pera enorme de luz jaspe,
e cada uma resplandecente joia.
Uma gota de agua escorre
de um fruto repleto
e voa como um diamante.
Eis a pompa, indiferente e serena,
perfeicao que em si propria se fecha.
Preferiria viver.
Mas ja alem as arvores
com suas maos de ouro me acenam.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SOL E MAR

Galinhos/RN - 2.006


O pôr do Sol (Valdevinoxis)
A luz ténue de um crepúsculo
Ilumina a curvatura suave do chão
Desenhada por desejo de visão
De algo que se mostra, um todo maiúsculo.
Seria luz de ocaso sem razão
Se se desvanecesse à força de músculo
Mas não é, é apenas um acontecimento são
Que em todos os dias que passamSe repete num circculo sem senão.
Restam as certezas que nos ficam
Em registo gravado na palma da mão
Como cábula escrita a fogo.
A luz fica mais ténue num jeito de rogo
Mas, no entanto, é firme e certa
Num jeito de até logo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SOL E MAR

Galinhos/RN - 2.006











A AREIA E SEUS MISTÉRIOS (Carmen Vervloet)

Branca e silente areia...
Mistérios não revelados...
Pelo ardente sol, incinerados...
Espalhados pelo vento...
No seu contentamento...
Rencanto da natureza...
Suave como os olhos da lua...
Maciez que se insinua...
E convida...
Ao doce encantamento...
Caloroso acasalamento...
De amores escondidos...
Corações embevecidos...
Corpos que se tocam
Num bailado louco...
Resplandecente porto...
Molhados pelos beijos do mar...
Suados no conjugar do amar...
Que se colam...
No vértice da paixão...
Esquecidos da razão...
Num vai e vem de prazer...
Bendizer do desejo...
do amor.
Milhares de fragmentos
Em selvagem abrasamento...
Na pele nua... becos e ruas...
Que levam a volúpia do querer...
O outro ser...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SOL E MAR

Maxaranguape/RN














O Cabo de São Roque localizado no município de Maxaranguape é conhecido como sendo a verdadeira "esquina do Brasil", pois é o ponto mais próximo do continente africano. Ali se encontra a árvore do amor, curiosa junção de duas árvores que agora crescem juntas compondo uma incrível escultura natural, modelada pelo vento. Os moradores dizem que o casal que se beijar embaixo do arco formado pelos troncos das árvores jamais se separará.
ELEGIA DA ÁRVORE DE OUTONO (Raul Cordeiro)
Através das árvores nuas
Vês o céu fatigado
Apontando coisas que nunca vais conseguir
Se não estiveres aconchegada
Bem pertinho ao meu lado
Olhas o crescer acontecer
Num vai e vem de primaveras
Vês as flores nascer e morrer
Num furação de quimeras
Olhas e sentes como pode o amor acontecer
Vês a sombra seguir os passos do Sol
Os pássaros rasgam-se em sementes sem vontade
Procuras na minha sombra a verdade
E à beira da árvore nua
Procuro a tranquilidade da tua
Uma árvore é uma lente, um visor, uma janela
De um futuro por amanhecer
Aguardo sereno a mensagem
Á tua beira me eternizo na espera
De um amor por florescer.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

SOL E MAR

Dunas em Galinhos/2.006



segunda-feira, 13 de outubro de 2008

SOL E MAR

Galinhos/RN - Lotoral Norte - 2.006
Aqui podemos ver os vestígios que sobraram do mangue, no acesso a Galinhos. Um crime ambiental, sem punições.Contam os moradores que uma mineradora de sal fechou a aguá do mar, impedindo a drenagem do mangue, resultado: toda a vegetação existente foi destruida, restando-nos está paisagem desoladora.

sábado, 11 de outubro de 2008

SOL E MAR

Lagoa de Pitangui/Extremoz/RN-2.007


SOL E MAR

Lagoa de Pitangui/Extremoz/RN - 2.007






Nas margens da lagoa de Pitangui com agua doce e transparente, é possível dar um mergulho entre centenas de pequenos peixes. Em alguns quiosques a cozinha é regional, de pratos tropicais, com especialidade em peixes e frutos do mar. Alguns deles são colocados dentro da agua, onde pode-se beber, comer e se refrescar com os peixes á sua volta.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SOL E MAR

Natal vista da Praia da Redinha - 2.007


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

SOL E MAR

Galinhos / RN 2.006
Porto de desembarque.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

SOL E MAR

Praida da Redinha - 2.007


Uma cena comum em lugares mais tranquilos, vilas de pescadores ou praias mais afastadas, com pouco movimento de turistas. A bicicleta é deixada na areia enquanto algum morador, e passagem, aproveita para tomar um banho de mar.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

SOL E MAR

Galinhos/RN - 2.006

Galinhos fica em uma península de difícil acesso a 166 quilômetros de Natal. O jeito mais rápido de chegar é por barco a partir de uma praia próxima, Pratagil, em uma travessia de 20 minutos. A dificuldade do acesso de Galinhos deixa o local praticamente intocado, com salinas naturais formando pirâmides e as praias como a do Farol, um dos poucos pontos onde é possível encontrar traços de civilização. A primeira foto feita pela manhã e a outra ao final do dia, mas o ponto de vista sob a projeção das sombras é o mesmo; utilizar as formas humanas, em cena ou não e suas projeções em longas e distorcidas sombras.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SOL E MAR

Genipabu/RN - 2.007

A 25 km de Natal, no município de Extremoz, está um dos cartões postaiss mais famoso do Rio Grande do Norte. Com suas dunas imensas e sua lagoa de águas doces, Genipabu é um dos principais passeios do Litoral do RN. É nas dunas localizadas ao redor dessa lagoa que é comum a vermos crianças subindo e descendo num incansável escorregar..... Do topo destas dunas é possivel ficar observando o mar e recebendo o bom vendo que sopra do leste.

domingo, 5 de outubro de 2008

Em 1999 no Sesc Pompéia aconteceu uma série de workshops fotográfico; um deles foi com a fotógrafa Lucia Napchan. O tema escolhido foi "Consciência Ambiental", e o local para realizarmos as fotos foi o aterro Bandeirantes, o local onde o lixo de São Paulo é depositado. São milhares de metros quadrados de resíduos domésticos. Ao rever as fotos, vi que no album havia uma frase anotada na época, que lembro ter sido utilizada na montagem de um mural coletivo. Na época escrevi: O que eu faço com o meu prazer de ontem? Selecionei estas imagens para apresentar e continuar questionando sobre como devemos nos portar, de forma consciente perante o consumo, os usos e os resíduos de nosso consumo.

Mão do lixo (Tiago de Mello)

A mão que eu cato o lixo
Não é a mão com que eu devia ter.
Não tenho para ganhar
Na mesa da minha casa
O pão bom de cada dia.
Como não tenho, aqui estou.
Catando lixo dos outros,
O resto que vira lixo.
Não faz mal se ficou sujo,
Se os urubus beliscaram,
Se ratos roeram pedaços,
Mesmo estragado me serve,
Porque fome não tem luxo.
A mão com que cato o lixo
Não é a que eu devia ter.
Mas a mão que a gente tem
E feita pela nação.
Quando como coisa podre
Depois me torço de dor
Fico pensando: tomara
Que esta dor um dia doa
Nos que tem tanto, mas tanto,
Que transformam pão em lixo
Com meus dedos no monturo
Sinto-me lixo também.
Não pareço, mas sou criança.
Por isso enquanto procuro
Restos de vida no chão,
Uma fome diferente,
Quem sabe é o pão da esperança
Esquenta meu coração:
Que um dia criança nenhuma
Seja mão serva do lixo.