quinta-feira, 31 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - Vista para o Museu do Castelinho

A construção ao fundo, também denominada de "Castelinho", localiza-se no alto de uma colina, com uma excelente vista para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o tráfego de trens na subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os funcionários residentes na vila. Pela sua imponência e localização, simbolizava a liderança e a hieraquia que os ingleses impuseram a toda a vila; ela é avistada de qualquer ponto de Paranapiacaba e , de um de seus aposentos, também é possivel se avistar a Serra do Mar.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - Detalhes de fechos de portas e de vagões

terça-feira, 29 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - 2.008 - Nas casas de máquinas erguidas com aço, assim como as estruturas das estações de origem inglesa vemos uma infinidade de rebites que unem as peças num abotar permanente. A visão perspectiva é desta imensa reta marcada por fileiras de meia luas inertes.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - 2.008.

domingo, 27 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - 2.008. A Vila de Paranapiacaba foi planejada e construida pelos ingleses, quando da construção da antiga Estrada de Ferro São Paulo Railway. Construiram uma réplica do Big Ben Londrino e por lá sempre tem uma névoa comparável ao "Fog" de Londres. Por entre as entranhas de um vagão abandonado surge o velho relógio.

sábado, 26 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - 2.008 - No alto da serra, entre o planalto e o mar, em tupi-guarani quer dizer "lugar de onde se vê o mar". A importância histórica deste local começa a se desenhar ainda nos tempos do Império, a partir da segunda metade do século XIX, com a intensificação do transporte da produção agrícola do Porto de Santos para o Planalto Paulista. Transpor a Serra utilizando como único meio de transporte o lombo de burro transformou-se em um grande obstáculo para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, tornando-se urgente a construção de uma ferrovia, que foi confiada aos ingleses, o que caracteriza todo o seu estilo arquitetônico.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Paranapiacaba/SP - 2.008 - Engrenagens do sistema funicular da Estrada de Ferro Santos/Jundiaí.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Caraúbas/RN - Encruzilhada















Entre a cruz e a espada (Eduardus Poeta)

sempre me vejo assim

entre a cruz e a espada

caminhando e sempre encontrando

encruzilhadas

acho que essa é a maneira

que Deus encontrou

para falar comigo

me deu a vida

e sempre dois caminhos

me deu a espada

para abrir meu caminho

e me emprestou uma cruz

para que eu não me sentisse sozinho

sempre tenho que decidir

por que caminho seguir

tenho certeza

que essa foi a maneira

que Deus encontrou para testar

minha fé

me deu a cruz e a espada

e também dois caminhos

entre eles uma encruzilhada…

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Maxaranguape/RN - 2.007

terça-feira, 22 de julho de 2008

Off-Road - Litoral Norte/RN - 2.007


segunda-feira, 21 de julho de 2008






domingo, 20 de julho de 2008

Litoral Norte/RN - 2.007

sábado, 19 de julho de 2008

Litoral Norte/RN - 2.007





Suíte do Pescador (Dorival Caymmi)

Minha jangada vai sair pro mar

Vou trabalhar, meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer

Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer

Adeus, adeus
Pescador não se esqueça de mim
Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem
Pra não ter tempo ruim
Vou fazer sua caminha macia
Perfumada com alecrim

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Litoral Norte/RN - 2.007

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Litoral Norte/RN - 2.007








O Mar que secou (Lusopoemas)

Rego o mar que secou, desobedeço ao destino... Não desmarco viagem, o que resta sobrou... Espelho do céu, nada conténs... Toda a vida de quem eras abrigo, órfãos... Somos só nós, barco encalhado... Levaram o azul de ti, fizeram-te cabana... Tuas velas, lençóis com que faço esta cama... Olhamos o horizonte, mareamos... Neste oceano, cujo fundo pisamos... Já nada flutua, não avisto ondas... Faltas tu, faltas... Cheiro a sal regressa a esta pele queimada de esperar... Marés arrastem-nos daqui, sufocamos neste sol...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pescardor - Zumbi - Litoral Norte/RN - 2.007














Pescaria

Cecilia Meireles

Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.
Chora a espuma pela areia,
na maré cheia.
As mãos do mar vê e vão,
as mão do mar pela areia
onde os peixes estão.
As mãos do mar vêm e vão,
em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.
Por isso chora, na areia
a espuma da maré cheia.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pescadores - Zumbi - Litoral Norte /RN - 2.008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Praia de Zumbi - Litoral Norte/RN - 2.007

O vento forte que sopra do mar coordena a direção para onde apontam as folhas das palmeiras. Um ballet de pernas, corpos e curvas. Pequenos barcos dos pescadores locais ficam ancorados na costa.

domingo, 13 de julho de 2008

Flor de Jambo - Natal/RN - 2.007 -








Zeca Preto

Hoje o meu quintal amanheceu lilás
Da cor do amor fugaz, da cor da sedução
Hoje as flores se abriram e choveu pétalas no chão
Fizeram do meu canto a cor forte da emoção
Ainda é tempo de jambo.

sábado, 12 de julho de 2008

Até aqui coloquei fotos de várias fases, muitas das quais realizadas em algumas viagens, nas caminhadas fotográficas com o pessoal do Senac, nas minhas próprias caminhadas e em alguns workshops. Estou pretendendo a partir de agora criar blocos de imagens, em torno de um tema específico, de alguma busca já concluída, de um local visitado ou que ao meu ver consigam dialogam entre si, criando um ligação harmônica ou reflexiva, ou ainda de aspectos curiosos que chamam atenção de visão Paulistana que percorre outros locais, outras culturas e outras velocidades. Neste momento vou começar postando imagens de Natal/RN, do mar e seus pescadores, das populações que vivem nos pequenos povoados e das praias que se estendem pelo litoral Potiguar.
Itaunas/ES - 2.000 - As dunas que constituem uma bonita paisagem escondem a antiga cidade de Itaúnas. Totalmente soterrada entre os anos 50 e os anos 70, a cidade renasceu, só que do outro lado do Rio Itaúnas. Da velha cidade só restam as ruínas de algumas construções, que aparecem, de vez em quando, entre as areias.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Berlin - 2.002 - As bicicletas pela cidade

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Hamburgo - 2.003 - Lago Outer Alster - Os habitantes de Hamburgo orgulham-se em ter um lago no centro da cidade, a apenas alguns passos da Ópera, do Museu Kunsthalle, da Câmara Municipal e da Bolsa - Estávamos almoçando em uma rua próxima ao lago, quando terminamos e saimos para caminhar e fotografar, as nuvens se fecharam e uma chuva de granizo cobriu as ruas. Em questão de minutos tudo havia passado, inclusive um arco-iris que cortou o céu, por sobre o lago.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Berlin - 2.002
Esta igreja foi bombardeada em 1943 e sua estrutura foi mantida de pé, sem restauração, em mais uma demonstração de que não devemos esquecer a guerra. Toda negra, é realmente uma dramática lembrança, no meio de uma cidade rica e moderna.



Da Guerra (Licínia Rodrigues)

Chegam notícias da guerra.
Disseram-me que as guerras
visitam as cidades.
Tenho medo.
A minha cidade é antiga.
As ruas têm pedras soltas
em que os velhos tropeçam.
Na torre da igreja maior
faltou o azeite.
As corujas partiram.
Os jardins estão pobres
(a chuva tem sido salgada).
Mas na cidade eu habito
e nela acolho os irmãos
e os filhos deles.
Na pequena praça
há o banco verde
com uma criança ao colo.
É uma cidade triste,
mas antes de o ser
já era a minha cidade.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Limeira/SP - 2.001

segunda-feira, 7 de julho de 2008

São Paulo / São Luis do Paraitinga - Expressões

Em dois momentos distintos, em um workshop de fotografia e numa festa típica de uma cidade do interior de São Paulo, captar olhares é algo muito fascinante. A mulher, em sua performance multicolorida reduzindo a mistura de côres a um olhar profundo, intenso, misterioso. O seu José, ferreiro de profissão, que estava ali na festa para cuidar da comida que seria servida para centenas de pessoas, parou uns minutos para a foto. Perfil do homem trabalhador, de atitudes precisas, a barba bem feita dava ainda maior destaque para o bigode que emoldurava a sua boca. Ah, o olhar; de olhos claros, fixos na multidão que já chegava ao local, resposável e preocupado com o fogo de lenha que precisava cuidar.

domingo, 6 de julho de 2008

Praça Charles Miller - São Paulo

mythos (Sandra Costa-Portigual-1971)

este é o tempo dos construtores de mitos
da delineação límpida e grega de todas as coisas
da solidão em ânforas mediterrânicas
transportadas pela sede das árvores do sul
e onde o sol modelou a porosidade do silêncio

toda a claridade é azul
e todos os templos projectam o infinito

proponho o homem sobre o gume dos estames
a exactidão inclinada de todos os mitos

sábado, 5 de julho de 2008

Poços de Caldas - 2.002 - Carlton Palace Hotel
"LUZ" (Regis Bonvicino)

      "Luz do abajur
      dicionários
      no quarto
      minúsculo
      sobre a mesa
      um mapa da lua
      tinta seca
      de silêncios
      gêmeos e frio
      um prego de arame
      na cabeça
      borboletas se acenderam em mim
      dálias
      meus dedos
      se moviam sobre as teclas
      entretanto
      sombras
      antecipavam
      cada
      palavra.
      borboletas se acendem em mim
      dálias
      meus dedos sobre as teclas
      sombras
      precipitando entretanto palavras"

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mar Morto - 2.001

Além Mar Morto (LuiZacarias)

Olhando o mar além,
Sinto em mim tal vazio!
Este mar meu!... De ninguém!
Sinto tamanho arrepio.
Admiro além o mar!
Que me deixa sonhar,
E penetra em mim esse salgado
Mar morto além adormecido
Como além mar morto num fado!...
És meu fado eu te cantei
Entre ondas naveguei
Como as veias em mim são o meu mar
Tens um titúlo incompleto
Além mar morto, vou deslumbrar
Não sei tua largura ao certo!
Mas na longitude me dexas em ti entrar!...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Águas de Lindóia/SP - 1.999 -

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Poços de Caldas/MG - 2.002 - Estas imagens surreais que surgem da farsa fotográfica sempre me atraem. Uma certa vez olharam esta foto e disseram: Nossa, mas a sombra dessa árvore na calçada ficou tão diferente!
Que sombra nada, é uma pequena planta na floreira da janela, que em contra-luz e de muito próximo tomou proporções gigantescas. E voltamos na questão, que eu e muitos outros sempre defenderam: a fotografia é uma farsa. Pode-se escolher a lente, o ângulo, a profundidade de campo, a seleção de quem estará ou não na imagem, enfim uma quantidade enorme de elementos estão disponíveis para que o fotógrafo escolha como quer representar a cena que ocorre. É neste momento que que a fotografia se eleva de simplesmente técnica, para poder ser tratada como arte. Se existe um arbítrio independente da técnica, então podemos falar em linguagem, e ai cada um tem a sua, o seu método de explicar o mundo, de demonstrar seus sentimentos, de fazer as suas escolhas sobre o tema. E viva a representação da verdade !!!

terça-feira, 1 de julho de 2008

A ORFEU (Fátima Joaquim)

Das tuas mãos divinas de Poeta
Herdei a lira que não sei tanger;
Por eleição ou maldição secreta,
Tenho uma grade para me prender.

Cercam-me as cordas, de emoção,
Versos de ferro onde me dilacero inteiro.
Mas, do fundo da alma e da prisão,
Obrigado, meu Deus e carcereiro!