segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ROSE VI

domingo, 26 de setembro de 2010

ROSE V

sábado, 25 de setembro de 2010

ROSE IV

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ROSE III

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ROSE II

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ROSE I

terça-feira, 21 de setembro de 2010

RED VI / VII


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RED V

domingo, 19 de setembro de 2010

RED IV

sábado, 18 de setembro de 2010

RED III

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O VERMELHO II

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O VERMELHO I

Quero escrever o borrão vermelho de sangue

(Clarice Lispector)

Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre me povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei.

Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.

Quero escrever noções
sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua:
nada tenho mais a perder.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

NA CHUVA

terça-feira, 14 de setembro de 2010

NA CHUVA

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

NA CHUVA

domingo, 12 de setembro de 2010

NA CHUVA

sábado, 11 de setembro de 2010

NA CHUVA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

RIBEIRA - NATAL/RN

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

NA CHUVA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

PARQUE DAS DUNAS / NATAL / RN

PASSA UMA BORBOLETA
(do "Guardador de Rebanhos" - Alberto Caeiro)

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PARQUE DAS DUNAS / NATAL / RN

Soneto da Separação (Vinicius de Moraes)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.




quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PARQUE DAS DUNAS / NATAL / RN

Rifa-se um coração ( clarice Lispector)

Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.