terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
RIBEIRA
memória das águas (Lúcio Lins)
sei do mar
sei do mar
do seu sal
suas palavras naus
e toda paisagem
uma vista de Portugal
sei do mar
sei do mar
do seu longe
sua história mangue
e o mergulho das ondas
numa linguagem lusitana
sei do mar
sei do mar
que o mar
ainda é um silêncio
e a palavra mar
um oceano de palavras
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
Barcos
Porto do Mangue/Natal-RN - 2.007
A minha vida é um Barco (Fernando Pessoa)
A minha vida é um Barco (Fernando Pessoa)
A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
RIBEIRA
Porto do Mangue
O Nó de Nós (Bruna Foscarini)
Era uma vez nós dois
Nós dois naquele tempo
No tempo de nós dois
Não erámos nós
Nós desatados
Desatinados, nós dois.
No tempo de nós dois
Aqueles nós que nós fizemos
Não eram mais nós
Do que nós já fomos
Desatinados, os nós que fizemos.
Desanosados nós
Naquele tempo de nós dois.
Era uma vez nós dois
Desenosando os nós que fizemos.
Nós erámos um só nó
No tempo que erámos dois
Não havia nós.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
RIBEIRA
Chuva na Ribeira/2.008 - Natal/RN
SOMBRAS DA NOITE (Ferreira Itajubá - Poeta da Ribeira)
Eu amo as sombras que tremulosas
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
Eu amo as sombras que tremulosas
Descem, de luto cobrindo as leiras,
- Ora perdidas nas capoeiras,
- Ora nas vargens silenciosas.
Sombras de longe, sombras saudosas,
Sobre colinas, sombras ligeiras,
Aves noturnas pelas esteiras
Da imensidade de nebulosas.
Nos dilatados, bravios mares,
Sombras inquietas e viajantes,
Iguais às sombras dos meus pesares.
Na praia algente de branca areia,
- Sombras que eu amo, sombras errantes
Das noites claras de lua cheia!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Porto do Mangue/Natal/RN - Rio Potengi
Rio Potengi (Zeca Brasil)
Eu rio quando chego aqui
Na pedra do Rosario
E vejo no horizonte o sol lilás
Te ver vestido assim
De azu- marinho
E verde nos teus manguezais
Os teus lençois de espuma branca
Beijando a areia
Sereias se desnudam, mudam de côr
Sob o céu azul de anil que te rodeia
Se não és paraiso, és o esplendor
Eu banho o meu olhar
Na tua calmaria
E em minha poesia te dou meu amor
Rio Potengi (Zeca Brasil)
Eu rio quando chego aqui
Na pedra do Rosario
E vejo no horizonte o sol lilás
Te ver vestido assim
De azu- marinho
E verde nos teus manguezais
Os teus lençois de espuma branca
Beijando a areia
Sereias se desnudam, mudam de côr
Sob o céu azul de anil que te rodeia
Se não és paraiso, és o esplendor
Eu banho o meu olhar
Na tua calmaria
E em minha poesia te dou meu amor
domingo, 7 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
RIBEIRA
Ribeira/Natal-RN - 2.007
Ponto de fuga (João Rui de Souza)
Procuro a minha voz e não a encontro.
Procuro o meu silêncio e não o tenho.
Ao desencontro vem o desencontro,
do maior ao menor é o meu tamanho.
No alto das esferas rolam as esferas,
ermo adormecido, doida escuridão.
Procuro ali a voz e não a encontro.
Procuro o meu silêncio e não mo dão.
A espaços vi tão perto o meu querer,
a dúvida desfeita, puro abraço,
que logo pensei eu que a voz viesse
ou chegasse o silêncio ao meu cansaço.
Mas não.
No grande desencanto (e frio)
em que na rua, gasto, me detenho,
procuro a minha voz e não a encontro,
procuro o meu silêncio e não tenho.
Fonte: Melo e Castro, E. M. 1973. O próprio poético. SP, Quíron. Poema originalmente publicado em 1960.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
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