Em 2006, ainda sem parar de fotografar, vi a necessidade de brincar um pouco com uma outra possibilidade de criação: as tintas. Nada de cursos e técnica apurada; após ver o filme Pollock, que retrata a vida e obra do grande e controveso pintor americano, me impressionei e resolvi "brincar" um pouco nesta área. Era a Action Painting, uma técnica em que o pincel não faz parte do processo ou não toca a tela, pois o abstrato vai se concretizando a partir de fios de tinta que são lançados ou respingados sobre a tela. É um processo de ritmo e alguns especialistas dizem que Jazz e Action Painting casam-se perfeitamente; concordo. Enfim acabei produzindo umas 6 telas, uma delas de presença constante na parede da minha sala. Como era de se esperar, a fotografia falou mais alto e acabei por fotografar pequenos segmentos dessa tela, transformando-a na série de imagens que colocarei nos próximos dias. Complementando esta brincadeira passei a fotografar no modo "macro", algumas tramas, que de certa forma se casam com a tela e as fotos e também com a série de imagens da chuva realizadas através dos vidros do carro. Há alguns anos, ainda quando fazia Universidade, e vivia ligado à matemática, tomei conhecimento da teoria Fractal, segundo a qual determinadas formas no universo se repetem indefinidamente, mesmo em áreas finitas. Fica aqui a minha linha de pensamento quando busco imagens: um pedaço da cena, do todo, também representa ou pode representar com um certo nivel de subjetividade ou dar sinais do todo?
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