quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Genipabu - 2009
Leveza (Cecília Meireles)
Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Genipabu - 2009
SER PEREGRINO (Antonio dos Santos)
Ser peregrino é ter o peito a arder,
Numa angústia, profunda e dolorida,
Numa ansiedade que é de entontecer,
P'la conquista porém, duma outra vida.
Ser peregrino é ter o peito a arder,
Numa angústia, profunda e dolorida,
Numa ansiedade que é de entontecer,
P'la conquista porém, duma outra vida.
Ser peregrino, cansado de sofrer,
Ter a alma tão só e tão perdida,
Que apenas força aspira ainda ter,
Para avançar ao longo da subida.
É caminhar por caminhos desertos,
Olhar no alto e de braços abertos,
Pés nus, pisando espinhos com amor.
Chegar enfim à Terra desejada,
E em oração, de tudo despojado,
Ajoelhar dizendo:"aqui me tens Senhor..."
Ter a alma tão só e tão perdida,
Que apenas força aspira ainda ter,
Para avançar ao longo da subida.
É caminhar por caminhos desertos,
Olhar no alto e de braços abertos,
Pés nus, pisando espinhos com amor.
Chegar enfim à Terra desejada,
E em oração, de tudo despojado,
Ajoelhar dizendo:"aqui me tens Senhor..."
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
LAGOA DE ARITUBA / 2009
Canção Sem Nome (Adriana Calcanhoto)
EU VI VOCÊ ATRAVESSAR A RUA
MOLHANDO A SOMBRA NA ÁGUA
EU VI VOCÊ PARAR A LAGOA PARADA
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO OPOSTA
PISANDO NAS POÇAS, PISANDO NA LUA
E A POESIA REFLETIDA ALI ME DEU AS COSTAS
E PRA QUE PALAVRAS
SE EU NÃO SEI USÁ-LAS?
CADÊ PALAVRA QUE TRAGA VOCÊ
DAQUELA CALÇADA?
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO CONTRÁRIA
E A POESIA QUE MEU OLHO MOLHAVA ALI
QUEM SABE NÃO ME CAIBA
QUEM SABE SEJA SUA
ALI, ATRAVESSANDO A CHUVA
E TODA A LAGOA PARADA
VOCÊ NA DIREÇÃO ERRADA
E EU NA SUA
EU VI VOCÊ ATRAVESSAR A RUA
MOLHANDO A SOMBRA NA ÁGUA
EU VI VOCÊ PARAR A LAGOA PARADA
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO OPOSTA
PISANDO NAS POÇAS, PISANDO NA LUA
E A POESIA REFLETIDA ALI ME DEU AS COSTAS
E PRA QUE PALAVRAS
SE EU NÃO SEI USÁ-LAS?
CADÊ PALAVRA QUE TRAGA VOCÊ
DAQUELA CALÇADA?
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO CONTRÁRIA
E A POESIA QUE MEU OLHO MOLHAVA ALI
QUEM SABE NÃO ME CAIBA
QUEM SABE SEJA SUA
ALI, ATRAVESSANDO A CHUVA
E TODA A LAGOA PARADA
VOCÊ NA DIREÇÃO ERRADA
E EU NA SUA
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
O Construtor(de areia) (Neno)
Jamais esquecerás aquele dia que não te roubou a vida,
mas a transformou numa teia pegajosa e húmida,
da qual jamais te libertarás. O destino assim o quis;
traçando nas areias do deserto uma ténue trama que te envolve.
O Construtor pôs a areia de lado, sabendo que a forma
jamais seria a mesma.
No deserto,
tudo é mudança, tudo é miragem,
e a tua inteligência não acompanha a suacélere mudança.
Só por milagre encontrarás a saída que te conduzirá à Luz.
Por capricho do destino, a saída é também a entrada,
e antes que a atinjas, terás soçobrado.
Abrir-se-ão então as portas de uma não-existência.
Espera-te,
uma vida penosa e sem sentido,
igual à de tantos outros seres
que habitam a Terra.
Jamais esquecerás aquele dia que não te roubou a vida,
mas a transformou numa teia pegajosa e húmida,
da qual jamais te libertarás. O destino assim o quis;
traçando nas areias do deserto uma ténue trama que te envolve.
O Construtor pôs a areia de lado, sabendo que a forma
jamais seria a mesma.
No deserto,
tudo é mudança, tudo é miragem,
e a tua inteligência não acompanha a suacélere mudança.
Só por milagre encontrarás a saída que te conduzirá à Luz.
Por capricho do destino, a saída é também a entrada,
e antes que a atinjas, terás soçobrado.
Abrir-se-ão então as portas de uma não-existência.
Espera-te,
uma vida penosa e sem sentido,
igual à de tantos outros seres
que habitam a Terra.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
FEIRA DO ALECRIM/ NATAL/RN - 2.009
Rap da Independência (de Ellen F. Oliveira
aluna do 9º. ano da Escola 20 de Setembro)
aluna do 9º. ano da Escola 20 de Setembro)
A pátria é a nação e precisa de ação.
A pátria é um país que tá cheio de aprendiz.
A pátria é virtude e precisa de atitude.
A pátria é amor e não um mundo cheio de dor.
Queremos mais virtude e também mais atitude,
Tempos difíceis, difíceis de viver.
Procuramos resultado, mas ninguém sabe fazer.
Procuramos um motivo, mas ninguém sabe dizer.
Milhões de pessoas boas morrem de fome.
E o culpado, condenado, disto é o próprio homem.
O domínio está em mãos de poderosos, mentirosos,
Que não querem saber, e nem pensam em você.
Ao invés de fazerem algo necessário ao contrário, Iludem,
enganam os pobres coitados.
Prometem 100% , mentindo, fingindo, traindo,
E na verdade estão rindo de nós.
O homem construiu, criou armas nucleares,
E num aperto de botão.
Precisamos de presidente e não de delinqüente.
A pátria é nossa, mas não é roça.
A pátria é o Brasil.
A pátria é nação que precisa de ação.
domingo, 6 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
FEIRA DO ALECRIM/ NATAL/RN - 2.009
Dá-me a tua mão (Clarice Lispector)
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Concha (Monicka Christi)
Guarda em teu corpo
A melodia selvagem dos oceanos,
Leva na tua bagagem
A lembrança da liberdade dos mares,
Carrega em teus sonhos
A beleza do infinito,
Desvenda em tua forma
A sabedoria divina,
Tem a alma brilhante
Com sonhos de purpurina
Trazendo a simplicidade da vida
na expressão doce da existência.
Guarda em teu corpo
A melodia selvagem dos oceanos,
Leva na tua bagagem
A lembrança da liberdade dos mares,
Carrega em teus sonhos
A beleza do infinito,
Desvenda em tua forma
A sabedoria divina,
Tem a alma brilhante
Com sonhos de purpurina
Trazendo a simplicidade da vida
na expressão doce da existência.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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