sábado, 3 de julho de 2010

(aKul Ekulf)

O peso das gotas, sinto-o em mim
O cheiro do chão é a vida a crescer
O corpo molhado sente o fracasso
O vento sopra mesmo sem espaço.
A água corre com o caminho ensinado
A noite chuvosa veio no meu encalço...

O céu é escuro
As nuvens cinzentas
As árvores agitam-se
As sombras concentram-se.

Janelas fechadas
Luzes tremidas...
E a água escorre para a valeta,
O esgoto transborda
A pedra recente
Alastra-se uma poça
Turva e nojenta
A semente ensopa
A raiz rebenta,
Fruto de uma noite de chuva intensa.

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