quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
domingo, 8 de fevereiro de 2009
ÁPICE (Mário Sá Carneiro)
O raio de sol da tarde
Que uma janela perdida
Reflectiu
Num instante indiferente –
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente ...
Seu efémero arrepio
Zig-zagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva ...
— E não poder adivinhar
Por que mistério se me evoca
Esta idéia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...
— Ah, não sei por quê, mas certamente
Aquele raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projecção atravessou ...
Tanto segredo no destino de uma vida ...
É como a idéia de Norte,
Preconcebida,
Que sempre me acompanhou ...
O raio de sol da tarde
Que uma janela perdida
Reflectiu
Num instante indiferente –
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente ...
Seu efémero arrepio
Zig-zagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva ...
— E não poder adivinhar
Por que mistério se me evoca
Esta idéia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...
— Ah, não sei por quê, mas certamente
Aquele raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projecção atravessou ...
Tanto segredo no destino de uma vida ...
É como a idéia de Norte,
Preconcebida,
Que sempre me acompanhou ...
sábado, 7 de fevereiro de 2009
[de Casaubon p/ Umberto Eco] - Rui Ventura
a beleza da colina
dissolve no sangue as raízes do medo.
noutra ordem, as células
misturam no cérebro
o tempo e a ilusão do tempo,
matéria e aparência de matéria
– que uma legenda corrompida
codifica na memória.
a prumo sobre a terra,
o segredo preenche o vazio dos ossos.
ele próprio vazio, governa
o alimento e a viagem
por esse vale onde a pedra
sustenta a contemplação
das vísceras do mundo.
ouro e excrementos
mantêm de pé o edifício.
mesmo falso, o observatório
devolve-nos uma imagem
de família, traços e formas
num rosto perdido há tantos anos.
legítima, a incerteza
dissolve na sombra as raízes do medo.
a vida conserva-nos sem matéria.
existimos sem eixo, sem prumo –
procurando em qualquer lugar
a gravidade que nos liberte
e faça renascer das cinzas.
a beleza da colina
dissolve no sangue as raízes do medo.
noutra ordem, as células
misturam no cérebro
o tempo e a ilusão do tempo,
matéria e aparência de matéria
– que uma legenda corrompida
codifica na memória.
a prumo sobre a terra,
o segredo preenche o vazio dos ossos.
ele próprio vazio, governa
o alimento e a viagem
por esse vale onde a pedra
sustenta a contemplação
das vísceras do mundo.
ouro e excrementos
mantêm de pé o edifício.
mesmo falso, o observatório
devolve-nos uma imagem
de família, traços e formas
num rosto perdido há tantos anos.
legítima, a incerteza
dissolve na sombra as raízes do medo.
a vida conserva-nos sem matéria.
existimos sem eixo, sem prumo –
procurando em qualquer lugar
a gravidade que nos liberte
e faça renascer das cinzas.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Poema de Acari (Iara Carvalho)
dessa casa em mosaico de acari
ficou-me o cheiro do açude não sangrado
singrado nas ruínas
das paredes
das famílias
dos sangues indevidamente misturados
não ficou herança
como que se possa
fundar reinos
afundar sistemas
restou a casta gasta
de prédio antigo sem sentido
de memória sem história
porque cabeça opaca
e bem evangelizada
é de aqui(de acari)
uma casa de pasto
onde bois não voam
caminham alegremente
para o sangradouro.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Fazenda saboeiro - Caicó/RN
Nascer do Sol (Margarete da Silva)
Vi o Nascer do Sol pelos teus olhos, um dia lindo de domingo se avizinha, sei que rasgaste páginas de histórias que carregavas dentro de ti para que te fosse possível guardares o Nascer do sol para me ofereceres, senti-o através dos teus olhos cores de castanhas antecipando o Outono em pleno Verão, senti-o através das tuas mãos abertas esperando que o primeiro raio nelas se compenetrasse. Vi o nascer do sol pelos teus olhos e senti-o pelo teu coração e foi tão mágico como encantador. Obrigada por partilhares esse momento comigo, não há nenhum verso que possa escrever que seja suficientemente precioso como o Nascer do sol que me ofereces hoje por isso me encosto na cadeira e deixo que o brilho de sol tão nosso me saia pelo corpo.
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Caicó (Teca Calazans)
Ô Mana deixa eu ir
Ó Mana eu vou só
Ô Mana deixa eu ir
Para o sertão de Caicó
Eu vou cantando
Com uma aliança no dedo
Eu aqui só tenho medo
Do Mestre Zé Mariano
Mariazinha
Botou flores na janela
Pensando em vestido branco
Véu e flores na capela
Ô Mana deixa eu ir...
Ó Mana eu vou só
Ô Mana deixa eu ir
Para o sertão de Caicó
Eu vou cantando
Com uma aliança no dedo
Eu aqui só tenho medo
Do Mestre Zé Mariano
Mariazinha
Botou flores na janela
Pensando em vestido branco
Véu e flores na capela
Ô Mana deixa eu ir...
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Cemitérios
Estou retornando a esse tema que retrata as imagens e ícones encontrados nos cemitérios de diversas cidades. Sendo a última morada, creio que os parentes, amigos e a pedido do próprio morador, a lápide identifique a sua fé, sua personalidade e o quanto e de que forma se pretende lembrar desta pessoa. Além de ser um lugar de paz, do encontro final onde a igualdade prevalece sobre as diferenças que intencionalmente ou não foram levadas pelos anos, eu tento encontrar nesses lugares uma plasticidade, uma estética própria ligada ao sagrado e ao mundano. Uma ostentação do sagrado no mais precioso metal, nas pedras mais polidas, nas formas mais delicadas em contraponto com outros mais singelos, mais abandonados, até neste que foi o último instante.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
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