Soneto sertanejo (Jorge Fernando dos Santos)
"Sertão é dentro da gente" *
Ser tão sozinho me dói
Rio que já fez enchente
A seca hoje corrói
Na seara desta vida
Ceará é o meu Saara
Um mar de areia moída
Que o vento sopra e não pára
Peixe não é passarinho
Se tropeço numa pedra
Dessas que têm no caminho
Lembro a navalha e a seda
Iguais à flor e ao espinho
Margens da mesma vereda
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