domingo, 19 de julho de 2009

Solidão VI


Mar de solidão (HerLânder Lobão)

Tudo distante, este mar consome
Em turbulentos gestos, tão bravio
No peito um desgosto que não dorme
Na alma um calor com tanto frio

Não sei que mais me quer, tanto agita
Tão bravo vem, tanto que me tenta
Preso, fico a tudo que me grita
E calado a ver sua tormenta

E sigo já sem praia a meu redor
Pisando as pedras gume que de cor
A alma distingue na escuridão

Entre melancolia e saudade
De mim se perde o que é verdade
Por ganho, tenho um mar de solidão

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